sábado, 27 de dezembro de 2008

Os pais e a demissão das funções de educador

Longe vão os tempos em que os pais contribuiam, a par dos professores para o processo educativo dos jovens. Actualmente, para além do pouco tempo disponível para a tarefa, verifica-se também uma demissão propositada das funções educativas, por parte dos pais. Não só há pouco tempo, como há uma tremenda falta de vontade.


O pai / mãe surgem somente como regulador / avaliador do processo. No fundo, o Professor procura educar (mais do que transmitir conhecimentos. Quem conhece a realidade de milhares de escolas da periferia de Lisboa e Porto, sabe o quão inexequível é a tarefa), e o pai intervém somente no sentido de avaliar a prestação do professor.


A cumplicidade de tarefas entre professor / encarregado de educação, deixou de existir. A ausência de mecanismos que permitam ao professor impor as saudáveis regras de conduta nas suas aulas e na sua escola, bem como o total complacência dos pais perante os comportamentos desviantes dos seus filhos, tem levado a uma total degradação dos valores da nossa sociedade.
Os que convivem com esta realidade, sabem. Tenderá a piorar.


Eu, em casa, tenho feito a minha parte. No sangue do meu progénito, já corre o fervor Benfiquista. A sua alma, transborda a essência da chama imensa! E claro, os bons modos e os bons valores, são também apanágio da sua forma de estar.

1 comentário:

  1. Tirando o futebol que detesto, concordo com o texto. As pessoas esquecem-se que aos professores cabe ensinar, mas aos pais compete educar. É a família que transmite os valores mais profundos, não a escola e muito memos decretos ou disciplinas parvas como "formação cívica".

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